Você sabe qual a diferença entre disjuntor e DR? Se a resposta for não, saiba que você não está sozinho. Esses dois dispositivos são fundamentais para a segurança das instalações elétricas, mas ainda geram muitas dúvidas entre consumidores e até mesmo entre profissionais da área.
Enquanto o disjuntor protege os circuitos contra sobrecargas e curtos-circuitos, o DR (Dispositivo Diferencial Residual) atua na proteção contra choques elétricos e fugas de corrente. Entender para que serve cada um e por que eles são complementares pode evitar acidentes, danos a equipamentos e garantir mais tranquilidade no dia a dia.
A seguir, explicamos a diferença entre disjuntor e DR e como utilizá-los de forma eficiente e segura. Acompanhe!
O que é um disjuntor?
O disjuntor é um dispositivo de segurança projetado para interromper automaticamente o fornecimento de energia elétrica quando detecta uma sobrecarga elétrica ou um curto-circuito. Em outras palavras, ele impede que a corrente elétrica ultrapasse o limite seguro para os cabos e os equipamentos conectados ao circuito.
Esse limite é estabelecido de acordo com a amperagem do disjuntor, que deve ser escolhida conforme a demanda de cada circuito da instalação. Por exemplo, um circuito de iluminação geralmente exige um disjuntor de menor capacidade do que o circuito de um chuveiro elétrico.
Existem três tipos principais de disjuntores:
- unipolar: protege um único condutor (fase);
- bipolar: protege dois condutores simultaneamente (fase + neutro);
- tripolar: protege três condutores (usado em sistemas trifásicos).
Além de proteger os equipamentos, o disjuntor evita incêndios causados pelo aquecimento dos fios e cabos devido à passagem excessiva de corrente. Por isso, sua presença em qualquer quadro de distribuição é obrigatória.
O que é o DR (Dispositivo Diferencial Residual)?
O DR, por sua vez, é um dispositivo focado na proteção das pessoas. Ele detecta fugas de corrente elétrica que podem ocorrer quando há um escape da energia para o aterramento ou para o corpo humano, interrompendo o circuito quase instantaneamente.
Funciona assim: o DR compara a corrente que entra no circuito com a que sai. Se houver uma diferença entre elas — o que indica uma fuga — o dispositivo desarma. Esse tipo de falha pode acontecer, por exemplo, quando alguém encosta em um fio energizado ou quando um eletrodoméstico apresenta defeito e energia começa a vazar.
O DR é especialmente recomendado para ambientes úmidos, como banheiros, cozinhas, áreas de serviço e espaços externos, onde o risco de choque é maior. Mais do que recomendado, ele é obrigatório em instalações residenciais novas ou reformadas, conforme a norma técnica NBR 5410.
Qual a diferença entre disjuntor e DR?
Agora que você já conhece a função de cada dispositivo, vamos ao ponto central deste artigo: qual é, afinal, a diferença entre disjuntor e DR?
Característica | Disjuntor | DR (Diferencial Residual) |
Função principal | Proteger contra sobrecarga e curto-circuito | Proteger contra fugas de corrente e choques elétricos |
Atuação | Interrompe a corrente quando ultrapassa o limite nominal | Interrompe a corrente quando há diferença entre entrada e saída |
Protege equipamentos? | Sim | Não necessariamente |
Protege pessoas? | Parcialmente | Sim |
Aplicação comum | Em todos os circuitos elétricos | Em circuitos de tomadas e áreas úmidas |
Enquanto o disjuntor atua quando há excesso de corrente, o DR entra em ação quando há perda de corrente para o solo, algo que pode indicar um risco de choque elétrico.
Vale mencionar que existe também o disjuntor DR (ou DDR), que combina as funções dos dois dispositivos. No entanto, ele costuma ser mais caro e não substitui a necessidade de dimensionar corretamente os circuitos elétricos com base na potência e nas áreas de risco.
Por que usar os dois dispositivos juntos?
Como vimos, embora exista diferença entre disjuntor e DR, eles não se substituem. Pelo contrário, eles se complementam e, quando utilizados juntos, oferecem uma proteção completa:
- O disjuntor evita danos aos fios, curtos e incêndios.
- O DR protege a vida, detectando falhas invisíveis aos olhos e desligando a energia antes que um acidente ocorra.
Instalar os dois dispositivos no quadro de distribuição garante mais segurança tanto para os moradores quanto para os equipamentos da casa. É uma solução recomendada por eletricistas e, em muitos casos, exigida pelas normas técnicas.
Como acertar na escolha do disjuntor ou DR?
Ao escolher disjuntores e DRs, opte sempre por marcas reconhecidas no mercado e produtos certificados pelo Inmetro. Verifique a amperagem e o tipo de disjuntor adequado para cada circuito, e prefira modelos de DR com sensibilidade de 30 mA, que são indicados para uso residencial.
E atenção: a instalação desses dispositivos deve ser feita por um eletricista qualificado. Apenas um profissional poderá garantir que tudo esteja conectado corretamente e de acordo com as normas de segurança.
Como você pôde ver, a diferença entre disjuntor e DR está na forma como cada um protege sua instalação elétrica. O disjuntor atua contra sobrecargas e curtos, enquanto o DR previne choques elétricos e fugas de corrente. Juntos, formam uma dupla essencial para a segurança da sua casa ou empresa.
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