Sabemos que entender o que é uma tomada com mau contato, um disjuntor DPS ou um relé fotoelétrico é indispensável para os eletricistas. Contudo, para oferecer um trabalho completo e que gere indicações para outros clientes, é importante ir além da parte técnica. Algumas das maneiras de atingir esse objetivo é indicando os melhores produtos, fornecedores e ajudando na escolha da temperatura da cor da luz dos ambientes.
Essa última parte é foco do nosso conteúdo hoje e, por isso, explicaremos seu conceito e utilização em detalhes. Leia abaixo e entenda!
O que é a temperatura da cor da luz?
Provavelmente, você já entrou em um espaço e se sentiu mais confortável porque a iluminação era amarelada. Ou mais concentrado devido à claridade que pendia para o azul. Essas sensações são decorrentes da temperatura da cor, que, basicamente, é a forma como a luz se apresenta aos nossos olhos.
Daremos um exemplo para você entender melhor! A unidade de medida nesses casos é Kelvin (K). Logo, quando um corpo negro é aquecido a 3.000K, por exemplo, a tonalidade que surge é amarela. Agora, quando é aquecido a 7.000K, é o azul que prevalece.
Então, quer dizer que uma opção é mais quente que a outra? Na verdade, não tem relação com o calor que a luz emite e sim com a aparência dela. O curioso é que muitas pessoas acabam se confundindo, porque acreditam que as cores frias possuem temperaturas mais baixas, mas, é o contrário. Afinal, as cores quentes têm menos Kelvins que as frias.
Uma boa comparação que pode ser utilizada é com o fogão! Se você reparar, quanto mais alta a chama, mais azul ela fica. Paralelamente, quanto mais baixa, mais avermelhada. Interessante, não é mesmo?
Mas como isso interfere nos ambientes? Por que o eletricista precisa ter essas informações em mãos? Confira nos próximos tópicos!
Quando usar cada tipo de temperatura da cor?
Engana-se quem pensa que uma lâmpada serve apenas para clarear o ambiente. O seu objetivo principal pode até ser esse, mas ela influencia em muitos outros pontos, inclusive, em nosso organismo.
Acontece que o corpo, ao longo do dia, passa por diferentes ciclos. Temos a fase em que estamos ativos, prontos para trabalhar com energia e a que começamos a nos preparar para relaxar.
No começo do dia, a luz branca incentiva as atividades e torna as pessoas mais animadas e ágeis. Logo, ao chegarmos no fim de tarde, quando a luz fica mais quente, começamos a produzir a popular melatonina. Em resumo, é aquele hormônio que estimula e regula o sono. Assim, entendemos que está perto da hora de dormir. É por esse motivo que não é indicado ir para a cama com a luz branca do celular, pois atrapalha o descanso.
Diante desse cenário, você percebe como não faz sentido ter uma iluminação avermelhada no home office ou uma azul na sala de estar, certo? Já que elas estimulam atividades contrárias ao que o ambiente propõe.
Para o eletricista, ter essas informações é uma forma de prestar quase uma consultoria ao cliente. Visto que, ao invés de só instalar os equipamentos, você também ajudará a montar o ambiente da maneira mais assertiva para ele. A seguir, confira as principais indicações de cada temperatura da cor.
Luzes quentes
São as que possuem até 3.000K. Como acolhem e relaxam, são ideais para o quarto, sala de estar, áreas de lazer, hotéis, restaurantes intimistas, recepções e lounges.
Luzes neutras
Indicada para níveis moderados de atenção, elas variam de 3.000K até 5.000K. Podem ser usadas na cozinha, lavanderia, banheiro, escritório e ambientes de circulação nas residências.
Luzes frias
Aquelas acima de 5.000K e recomendadas para tarefas que exigem muita concentração. Por isso, podem ser utilizadas em hospitais, clínicas, indústrias, comércios, farmácias e ambientes corporativos em geral.
Mas isso não quer dizer que pode ter somente um tipo de iluminação para cada ambiente, viu? A cozinha é um bom exemplo. Você pode trabalhar com a temperatura da cor neutra para o dia a dia. E, quando desejar preparar um jantar mais reservado, utilizar as amarelas.
Para finalizar, que tal entender como ajudar o seu cliente a diminuir a fatura de energia? Conheça os tipos de aplicações do interruptor dimmer e como ele reduz os gastos com a eletricidade. Até a próxima!