Conheça os tipos de disjuntores e a aplicação de cada um

Quando falamos em começar uma instalação elétrica, precisamos redobrar a atenção em alguns aspectos. Itens como as especificações técnicas dos materiais e suas funcionalidades não podem ficar de fora. Entretanto, para garantir o bom uso de todo o sistema, a segurança também precisa ser uma prioridade. Por isso, neste artigo apresentaremos a você algo que é essencial nesse quesito: os diferentes tipos de disjuntores. Boa leitura!

O que são e qual é a serventia dos tipos de disjuntores?

Importante para a segurança das estruturas, o disjuntor é um dispositivo que protege toda a rede energizada do local. Sua principal finalidade é evitar que ocorra sobrecarga elétrica, curtos-circuitos e até mesmo incêndios. Por isso, ele atua impedindo a passagem de correntes excessivas. De forma básica, o aparelho interrompe o circuito quando a corrente atinge um grau elevado. Isso nos dá o alerta de que algo fora do normal está acontecendo.

Com base na NBR-5410, os disjuntores são obrigatórios em qualquer tipo de instalação elétrica. Entretanto, ainda há quem prefira utilizar fusíveis. Porém, há uma grande diferença entre os dois. Quando um disjuntor desarma, basta acioná-lo novamente para que volte a funcionar. Já quando a sobrecarga acontece em um fusível, ele se queima e precisa ser substituído o quanto antes.

Como escolher os melhores tipos de disjuntores?

Existem diversos tipos de disjuntores elétricos, cada um com sua devida aplicação. Por isso, antes de fazer qualquer instalação, você deve conhecer os modelos e como são utilizados. É importante observar o número de polos do equipamento, qual a proteção que ele oferece e quais são suas curvas de atuação. Confira abaixo o que estas três características significam.

Número de polos

A distribuição de energia para as residências pode ser feita por meio de sistemas monofásicos, bifásicos ou trifásicos. Por isso, verificar a quantidade de polos do disjuntor é a primeira etapa para acertar na sua escolha. Essa característica deve ser correspondente ao número de fases de energia que o seu sistema recebe. Veja como isso funciona.

  • Monopolar: também chamados de unipolares, esses tipos de disjuntores são indicados para instalações que possuam uma única fase. Um bom exemplo são os circuitos de iluminação e tomadas monofásicas ou neutras, sejam elas 127V ou 220V.

 

  • Bipolar: os disjuntores bipolares são usados em circuitos com duas fases como os de chuveiros, torneiras elétricas ou equipamentos de maior potência.
  • Tripolar: modelo utilizado em instalações com três fases como circuitos com motores elétricos trifásicos.

Conheça os tipos de disjuntores de acordo com a proteção oferecida

Outra característica importante na escolha do disjuntor é o tipo de proteção que eles oferecem. Ela pode ser térmica, magnética ou termomagnética. Para não ficar em dúvida, confira como cada uma trabalha.

1. Disjuntor térmico

O modelo térmico é utilizado para proteger os circuitos elétricos em casos de sobreaquecimento, ocasionados por sobrecargas no sistema. A função deles é interromper o circuito elétrico assim que a elevação anormal da temperatura é detectada. Eficientes, estes tipos de disjuntores são muito utilizados como precaução contra incêndios. Entretanto, eles precisam de um tempo maior para identificar o problema e desarmar. Isso porque a sua atuação irá depender do aquecimento do cabo.

Além disso, esse modelo de dispositivo não desarma quando há curtos-circuitos no sistema elétrico. Por isso, ele não é o mais recomendado para o uso residencial.

2. Disjuntor magnético

Os disjuntores magnéticos também têm a função de proteger a rede contra sobrecargas e curtos. Porém, a precisão dessa categoria é maior quando comparada aos térmicos. O seu desarme acontece mais rapidamente, pois ele funciona baseados no princípio eletromagnético. Assim, quando a corrente é maior do que deveria, o equipamento identifica instantaneamente e interrompe o circuito.

Entretanto, ele não é a melhor opção para identificar o sobreaquecimento em cabos. O desligamento acontece apenas quando há curtos-circuitos na instalação elétrica.

3. Disjuntores termomagnéticos

O disjuntor termomagnético é a junção da proteção térmica e da magnética. Assim, sua tecnologia é capaz de identificar tanto curtos-circuitos quanto o sobreaquecimento em cabos. Funcionais, estes tipos de disjuntores costumam ser vistos em residências e comércios.

Entenda melhor as curvas de disparo

Além dos diversos tipos de disjuntores, ainda precisamos estar atentos às categorias de curvatura dos modelos. Elas servem para definir a aplicação e as cargas em que os equipamentos serão ligados.

As curvas são definidas em B, C e D, não existindo a A para que não haja confusão com a unidade de medida ampere. Veja abaixo o que significa cada curva.

  • Curva B: o disjuntor desse modelo possui uma curva de ruptura maior do que a do dispositivo de segurança. Assim, ele desarmará se o circuito elétrico atingir uma corrente de 3 a 5 vezes mais alta do que a corrente do disjuntor. São indicados para proteger itens como chuveiros, lâmpadas incandescentes e tomadas.
  • Curva C: esses tipos de disjuntores possuem uma corrente de ruptura de cinco a dez vezes maior que a corrente nominal do próprio equipamento. Por suportarem correntes mais altas, são indicados para cargas com média corrente de partida, como de reatores de lâmpadas fluorescentes e de motores elétricos de baixa potência. Eficientes, eles atendem todas as necessidades de uma residência.
  • Curva D: os dispositivos de curva D possuem uma ruptura dez a 20 vezes maior do que a corrente nominal do disjuntor. Potentes, são indicados para proteger cargas de alta corrente de partida, como aparelhos de solda e motores elétricos de alta potência.

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